Há um pouco mais de 5 anos, surgiu, em um serviço de streaming, um documentário falando sobre os perigos dos tratamento odontológicos porque podiam causar, por exemplo, câncer de mama. Foi assim que uma suposta especialidade chamada odontologia biológica começou a ser propagada.
A odontologia biológica não é reconhecida pelo conselho federal de odontologia porque não tem respaldo científico algum, ou seja, ela é uma pseudociência. Inclusive, o conselho pode penalizar quem divulga técnicas, terapias de tratamento e áreas de atuação que não sejam cientificamente comprovadas, assim como anunciar a cura de determinadas doenças para as quais não exista tratamento eficaz
Para ter respaldo científico, não é só publicar um artigo em qualquer revista científica. Toda a base da odontologia teve como fundo a pesquisa e uma pesquisa séria leva anos para acontecer e tem uma metodologia bem rígida a ser seguida. Além disso, há revistas científicas predatórias, que não realizam uma revisão adequada dos artigos enviados e os publicam do mesmo jeito. Dessa forma, nem todo artigo científico encontrado pode ser considerado relevante.
Dentro desta pseudociência, foram inventados tratamentos sem fundamentos que podem trazer riscos para os pacientes como, por exemplo:
- Remoção de amálgama por supostamente causar envenenamento e algumas doenças
- Uso de pasta dentária sem flúor por conta da suposta toxicidade
- Extração de dentes sadios ou que necessitam de tratamento endodôntico porque poderiam provocar a piora da saúde integral
Cuidado também com os termos “terapia neural” e “terapia biocibernética”!